segunda-feira, 26 de maio de 2014

VI Domingo da Páscoa

Se amares, descobrirás um mundo novo
Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. Tudo começa com uma palavra cheia de delicadeza e respeito: se me amardes… «Se»: um ponto de partida tão humilde, tão livre, tão confiante. Não se trata de uma ordem (deveis observar), mas de uma constatação: se amardes, entrareis num mundo novo.
Sabemo-lo por experiência: quando se ama, o sol ilumina-se, as ações enchem-se de força e de calor, de intensidade e de alegria. A vida floresce como uma flor espontânea.
Guardareis os «meus» mandamentos, diz. «Meus» não tanto porque prescritos por mim, mas porque recapitulam toda a minha vida. Se me amardes, vivereis como Eu! Se amas Cristo, Ele habita-te os pensamentos, as ações, as palavras, e transforma-as.
Então começarás a ter o seu sabor de liberdade, de paz, de perdão, de boas relações, a beleza do seu viver. Começarás a viver a sua vida boa, bela e feliz. Ama, e o que queres, faz (Santo Agostinho).
Se amas, não poderás ferir, trair, derrubar, violar, ridicularizar. Se amas, só poderás socorrer, acolher, abençoar. E isto por causa de uma lei interior bem mais exigente do que qualquer lei externa. Ama, e vai onde te leva o coração.
Numa espécie de comovente e persuasiva monotonia, Jesus repete sete vezes neste excerto: vós em mim, Eu em vós, estarei convosco, virei a vós. Através de uma palavra de apenas duas letras, «em», fala do seu sonho de comunhão.
Eu no Pai, vós em mim, Eu em vós: dentro, imersos, unidos, íntimos. Jesus que procura espaços no coração. Sou raiz unida à mãe vida, gota na fonte, raio no sol, cintilação no grande braseiro da vida, brisa no vento.
Não vos deixarei órfãos. Não o sois agora e nunca o ficareis: nunca órfãos, nunca abandonados, nunca separados. A presença de Cristo não é para conquistar, não é para alcançar, não é distância. Já está dada, está dentro, é indissolúvel, fonte que nunca seca.
Muitos compreendem a fé como tensão para um objeto de desejo que nunca é alcançado ou como recordação de um tempo dourado que se perdeu. Mas Jesus rebate esta atitude: funda a nossa fé sobre a plenitude, não sobre o vazio; sobre o presente, não sobre o passado; sobre o amor por uma pessoa viva, e não sobre a nostalgia.
Estamos já em Deus, como um bebé no ventre da sua mãe. E se não é possível vê-la, há porém mil sinais da sua presença, que o envolve, aquece, alimenta, embala.  
E, por fim, o objetivo de Jesus: Eu vivo e vós viveis. Fazer viver é a vocação de Deus, a teima de Jesus, o seu trabalho é o de ser na vida dador de vida. É muito belo saber que a prova última da bondade da fé está na sua capacidade de transmitir e guardar humanidade, vida, plenitude de vida.
     
     P. Ermes Ronchi
     In LaChiesa.it
     SNPC

     Imagem net

domingo, 18 de maio de 2014

V Domingo da Páscoa



«Eu sou o caminho, a verdade e a vida», «Em casa de meu Pai há muitas moradas», «Quem Me vê, vê o Pai».

Jesus apresenta-se como o Caminho, a Verdade e a Vida… e diz-nos que no coração do Pai onde todos temos um lugar, mas também que não chegaremos ao Pai sem passar por Ele, pelo Filho cuja vida dada foi gasta por cada um de nós, numa doação total, até à morte. 

Procuremos caminhar com Jesus, os seus passos levam-nos pelo caminho do amor, do serviço e da entrega... essa é a direção que não engana e nos fará chegar à Casa do Pai.



quinta-feira, 1 de maio de 2014