segunda-feira, 2 de julho de 2018

domingo, 6 de maio de 2018

Dia da mãe

mãe de maio
senhora da alegria
mãe igual ao dia
avé-maria
canto para ti
ao correr da pena
a tinta é de açucena
a minha mão pequena

pega em mim ao colo
minha mãe de maio
olha que desmaio
pega em mim ao colo

pega em mim ao colo
o meu rosto afaga
depois apaga a luz
sou eu ou jesus?

D. António Couto

terça-feira, 1 de maio de 2018

Procissão de Velas


Dia 12 de maio às 2:00 horas. Partiremos como habitualmente da Capela de S. João de Malta e caminharemos pelas ruas da nossa cidade. Todos somos convidados a partilhar este momento de fé.


domingo, 8 de abril de 2018

II DOMINGO DA PÁSCOA


ABRIRAM-SE AS PORTAS DA VIDA!NA TARDE DO PRIMEIRO DOMINGO DE PÁSCOA: “VIU E ACREDITOU”.


Estamos na tarde do primeiro domingo de Páscoa e os discípulos estavam encerrados dentro de casa, com medo aos Judeus. Eles continuavam com medo apesar de Madalena, Pedro e João já terem ido ao Sepulcro encontrando-o vazio, com as ligaduras no chão e de terem ouvido a confissão de fé de João: viu e acreditou. Entretanto, Jesus veio e colocou-se no meio deles e disse-lhes: a paz esteja convosco. Tudo mudou e os discípulos, fechados num túmulo isolado do mundo, alegraram-se por verem o Senhor. Jesus pela Ressurreição transpôs as portas da morte, ei-lo agora a fazer o caminho inverso: abrir as portas da vida. Jesus vem agora encontrar os seus no recinto da morte,   onde o medo  mata e não liberta. Liberta-os e faz com que passem do encerramento à abertura aos outros: “Assim como o Pai me enviou também eu vos envio a vós” “Recebei o Espírito Santo”… E começa a nova criação! Neste Domingo, que o Papa João Paulo II quis dedicar à meditação da misericórdia de Deus, recordamos que Deus Pai em sua grande misericórdia e pela ressurreição de Jesus Cristo, nos fez nascer de novo para uma esperança viva (1Pedro 1,3-9). E esta nasce do perdão dos pecados: “àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados”.

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segunda-feira, 2 de abril de 2018

A RESSURREIÇÃO


Domingo da Ressurreição: um burburinho, um vai e vem de notícias, a boa nova: Jesus morreu e ressuscitou e é vida para nós. 

P. José Augusto de Sousa S.J.




domingo, 1 de abril de 2018

domingo, 25 de março de 2018

A ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM E A MEDITAÇÃO DA PAIXÃO


Na entrada jubilosa de Jesus em Jerusalém, eu, como tantos outros, misturado na multidão dos simples peregrinos que tendo ouvido falar da ressurreição de Lázaro e da chegada de Jesus, vou ao seu encontro. P. José Augusto Sousa, SJ

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quinta-feira, 22 de março de 2018

DOMINGO DE RAMOS


Com o Domingo de Ramos, iniciamos a celebração da Semana Santa, um tempo litúrgico em que evocamos os momentos da Paixão de Jesus.
A celebração dos últimos dias da vida de Cristo começou pela sua entrada messiânica em Jerusalém e a bênção dos ramos. 

Eucaristia com Bênção dos Ramos: 

Ás 9:00h em S. João de Malta, às 11:30h e 19:00h em S. Tiago



sábado, 17 de março de 2018

V DOMINGO DA QUARESMA: QUEREMOS VER JESUS

“Se o grão de trigo, lançado à terra não morrer fica só, mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a vida perdê-la-á e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna”.
P. José Augusto Sousa, S.J.


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sábado, 10 de março de 2018

IV DOMINGO DA QUARESMA - A LUZ BRILHA NAS TREVAS


A Luz brilha sempre por entre as nossas trevas e nunca deixará de brilhar, mesmo por entre as trevas do nosso pecado, como nos diz Paulo na 2ª leitura que proclamamos hoje: Deus amou-nos a nós que estávamos mortos pelos nossos pecados (Ef.2,4-11). É essa a razão da nossa alegria e, por isso, este Domingo de Luz, o 4º da Quaresma, é também chamado Domingo da Alegria, em latim: Domingo laetare. O paramento litúrgico é cor-de-rosa, a cor que exprime uma alegria, mas uma alegria serena e contida. Este Domingo é um apelo à alegria, um apelo a que estejamos contentes com nós próprios. Uma pessoa que não está contente consigo mesma e com os outros, acaba por ser uma pessoa doente no corpo e no espírito. Mas, a nossa alegria tem um fundamento sólido, a mensagem da Páscoa de Cristo que é também a nossa Páscoa.
Vivemos tempos difíceis que nos afligem, sobretudo, o flagelo da guerra, como está a acontecer na Síria, onde crianças feridas, mergulhadas em pó, apelam à Paz a nós adultos, tantas vezes insensíveis.
Todos, nestas circunstâncias, temos necessidade de receber um sinal de paz, de segurança. Mas o sinal é só um, como Jesus dizia aos fariseus no domingo passado. “Destruireis este templo e em três dias será reconstruído”. O sinal que nos dá Jesus é o sinal de Cruz. A Cruz, vemo-la e até a podemos venerar e beijar, mas a transformação do mundo velho num mundo novo nem sempre a vemos, no entanto opera-se lentamente, pela força da Ressurreição.
Beijamos a Cruz não para nos resignarmos com as lágrimas e com o sofrimento, mas sim para acreditarmos que Jesus, morto na Cruz “levantado ao alto” atrai todos os povos à salvação. Necessitamos da virtude da Esperança!
No diálogo com Nicodemos, Jesus se compara-se com a serpente de bronze levantada no deserto. Os que olhavam de frente para esse símbolo do mal, reconheciam os seus próprios pecados e eram salvos das mordeduras das serpentes.
Em Jesus, “levantado ao alto” descobrimos a misericórdia de Deus que perdoa os nossos pecados. O Livro dos Números dizia que os Israelitas não ficavam curados, porque olhavam para a serpente mas não elevavam o seu coração para Deus.  “Quem se voltava para ela era curado não pelo que via, mas por ti, Senhor Salvador de todos” (Sab16,7).
João, porém, diante do Senhor levantado na cruz, escreve: todo o homem que nele crê possui a vida eterna. João emprega por quatro vezes o verbo crer nesta passagem do Evangelho, porque a fé é o contrário da desconfiança. É preciso ter confiança e esta confiança é que transforma toda a vida.  
 A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz”.  Esta imagem de acolher ou recusar a Luz traduz-se em crer em Cristo ou recusá-lo. Deus nunca se nos impõe. Propõe-se. É esta a lógica de Cristo no Evangelho: Se queres… Quem crê em Cristo não será julgado e crer em Cristo é crer em Deus que é amor e se nós cremos, verdadeiramente, no amor de Deus, tenhamos a certeza de que as suas manifestações para connosco, serão sempre obras de amor. O maior mal que nos pode acontecer é não acreditarmos que Ele é o único amor e nós amarmos mais as trevas do que a Luz, impedindo Deus de nos amar…Mas não percamos a confiança e acreditemos nestas palavras, o resumo de toda a revelação Bíblica “ Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito para que o mundo não pereça, mas tenha a vida eterna”
Suspiramos, muitas vezes: Quando é que vens Senhor, fazer que os homens transformam o seu coração de pedra em coração de carne! Quando é que mandas um Ciro (2ªLeitura 2 Cro.36 14ss) à nossa sociedade que diga um não à violência, à exclusão e estabeleça um diálogo universal. Ciro, homem de Paz, era o ungido do Senhor. Mandai Senhor um Ciro para que brilhe a luz de Deus no meio dos escombros da Síria e dos corpos destroçados para que ele, juntamente com as organizações humanitárias, seja mensageiro de Paz e, em teu nome, advirta os que têm poder que ir pelo lado da guerra é ir pelo lado das trevas é ir do lado do nada e dizer não à obra da criação de Deus. O sol brilha, quando o “homem é homem para o outro homem”, como dizia o Padre Arrupe.
 P. José Augusto Alves Sousa, SJ


Oração



«Eu tinha um relacionamento bastante bom com o Senhor.
Conversava com Ele, pedia-Lhe coisas, louvava-O, agradecia-Lhe. Mas tinha sempre um sentimento ou sensação inesquecível de que Ele queria que eu olhasse bem no fundo dos Seus olhos. E isso eu não queria. 
Conversava muito, mas desviava os olhos, cada vez que percebia que Ele estava a olhar para mim. Sim, olhava sempre para outro lado. E eu sabia porquê! Tinha medo. 
Receava encontrar uma acusação nos olhos d´Ele: algum pecado não arrependido. Mas pensava também poder encontrar, naquele olhar algum pedido, algo que Ele quisesse de mim.
Um dia, finalmente, juntei toda a minha coragem e olhei! Não havia acusação alguma. Nem exigência ou pedido. Aqueles olhos diziam-me, simplesmente: «Eu amo-te!». Nessa altura eu olhei-os ainda mais no fundo com a persistência de quem procura algo. Nada encontrei, apenas a mensagem de sempre: «Eu amo-te!». Como Pedro, saí e chorei.» 

P. Antony de Mello, SJ

Imagem: Rui Aleixo (Capela do Rato)

domingo, 4 de março de 2018

Grupo de Acólitos


Os acólitos prestam um serviço muito importante nas celebrações.

Além do Jorge e da Inês que estão sempre presentes, temos também um grupo de catequizandos que se juntam a eles nas celebrações da catequese e momentos festivos.

Quem quiser inscrever-se para integrar o grupo dos acólitos deve contactar um dos nossos párocos ou o acólito responsável Jorge Baptista.


sábado, 3 de março de 2018

Novo site

O portal dos Jesuítas em Portugal. Um espaço digital de abertura à realidade que pretende promover o diálogo e a reflexão. Assumindo a sua inspiração cristã e inaciana, quer proporcionar um clima temperado que possibilite…




sábado, 17 de fevereiro de 2018

1º DOMINGO DA QUARESMA


A TENTAÇÃO

No Evangelho Marcos (1,12-15), contemplamos Jesus, no deserto, para onde foi impelido pelo Espírito Santo, depois do Batismo e onde foi tentado por Satanás. Vencida a tentação, Jesus foi para a Galileia e começou a anunciar o Evangelho anunciando a proximidade do Reino: “o Reino de Deus está próximo".

O tentador retirou-se por um tempo, mas a tentação para evitar “beber o cálice” que fará dele um Messias humilhado e não um Messias triunfante, como desejava o tentador, essa tentação continuará.
Será, na Oração do Horto, em Getsémani que essa tentação será completamente vencida, quando Jesus se levantar, decididamente, para acolher a Cruz, depois de rezar ao Pai e n’ Ele confiar a sua Vida: “Pai, faça-se a tua vontade”… É, na cruz, que Deus, por Cristo, tomará o poder sobre todas as forças do mal, as “feras” (os animais selvagens: o ter, o poder e o aparecer) que tentavam Jesus no deserto que nos tentam a nós e que afligem a humanidade.

A prisão de João Baptista manifesta já que a luz e as trevas começam a afrontar-se e Jesus parte para a Galileia para anunciar a feliz notícia: a saída deste combate, um combate que nos abre á esperança durante esta quaresma que começa. Pode este combate pela Paz dentro de nós mesmos e fora de nós mesmos desencadear a violência, mas Jesus tornou-se mestre do amor.

A grande mensagem da Páscoa é a revelação do nosso mal e da “Força do Alto, o Espírito Santo que nos dá força para cada um de nós sair vitorioso e saber introduzir no mundo essa força da vitória. Não façamos pois, desta Quaresma uma carga suplementar, mas um espaço de libertação, onde possamos respirar o ar fresco e revisitar os nossos hábitos.

A Quaresma não serve para nos julgar ou desencorajar mas simplesmente, encoraja-nos a que nos abramos à BOA NOVA. Não tenhamos medo daquilo que acontece de negativo nas nossas vidas ou no nosso mundo, mas voltemo-nos para Aquele que nos ensina a superá-lo porque assim será a nossa Páscoa.

Padre José Augusto de Sousa, SJ

Tentações de Cristo de Botticelli, Capela Sistina



terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2018



Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (24, 12).




domingo, 4 de fevereiro de 2018

Jesus cura a sogra de Pedro - V do Tempo Comum


Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo lhe falaram dela. Jesus aproximou-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã muito cedo, levantou-se e saiu. Retirou-se para um jardim ermo e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura dele e, quando O encontraram, disseram-lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu: Vamos para outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim.»
Mc. 1,29-39

«De madrugada a madrugada. Depois de entrarem [Jesus e os seus discípulos; ninguém como Marcos vincula Jesus aos seus discípulos] em Cafarnaum, na manhã de sábado entra Jesus na sinagoga de Cafarnaum e ensinava (Marcos 1,21). Ei-los agora que saem [Jesus e os seus discípulos: verbo no plural] da sinagoga, e entram na casa de Simão e de André (Marcos 1,29). Trata-se de um «relato de começo». Saindo da casa antiga, entram, uns 30 metros a sul, na casa nova, de Pedro. A sogra de Simão está deitada com febre. Jesus segura-lhe na mão (Marcos 1,31), expressão lindíssima que indica no Antigo Testamento o gesto protetor com que Deus protege o orante (Salmo 73,23), Israel (Isaías 41,13), o seu servo (Isaías 42,6). E a sogra de Simão «levantou-se» e pôs-se a servi-los de forma continuada, como indica o uso do verbo no imperfeito. A sogra de Simão é uma das sete mulheres que, nos Evangelhos, «servem» Jesus e os outros. Ela é bem a figura da comunidade cristã nascente, que passa da escravidão à liberdade, da morte à vida, gerada, protegida, guardada e edificada por Jesus no lugar seguro da casa de Pedro.»
D. António Couto


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Jesus cura a filha de Jairo


Evangelho do dia

Mc. 5, 21-43 - Jesus cura a filha de Jairo

Depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar. Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. 
Ao ver Jesus, caiu a seus pés e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva». Jesus foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados. 
Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada». No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença. 
Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?». Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’». Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado. A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade. Jesus respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou». 
Ainda Ele falava, quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?». Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé». 
E não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus encontrou grande alvoroço, com gente que chorava e gritava. Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? 
A menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: «Talitha Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te». Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados. Jesus recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina.



sábado, 20 de janeiro de 2018

"VINDE COMIGO..." III Domingo tempo comum


Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.
Mc. 1, 14-20
  
Jesus é Deus que desce ao nosso mundo,
Caminha pelas nossas estradas,
Percorre as nossas praias,
Visita as nossas casas,
Vem ter connosco aos nossos lugares de trabalho.

Jesus é Deus que passa, ama e chama.
Mas não nos chama a responder a um inquérito,
A preencher uma ficha,
Responder a uma entrevista,
Fazer uma inscrição,
Pagar a matrícula,
Aprender uma doutrina.

Não é como os escribas que Jesus ensina ou examina.
Nem sequer nos entrega um projeto de vida,
Uns apontamentos, um guião, caneta, tinta, mata-borrão.

Chama-nos apenas a segui-lo no caminho:

«Vinde atrás de Mim!»,
E partilha logo connosco a sua vida toda,
Como uma boda.

Não nos põe primeiro a fazer um teste,
Não nos ama nem chama à condição,
Não tem lista de espera,
Não nos põe num estágio,
Num estado,
Num estrado,
Numa estante,
Mas num caminho!

E um dia mais tarde,
Ouvi-lo-emos dizer ainda: «Ide!».
É sempre no caminho que nos deixa.
Nunca se desleixa,
Não apresenta queixa,
Não paga ao fim do mês,
Pede e dá tudo de uma vez.

Vem, Senhor Jesus!
Vem e ama!
Vem e chama por mim outra vez!

D. António Couto


sábado, 13 de janeiro de 2018

II domingo do Tempo Comum - "ONDE MORAS?" "VINDE VER."

Estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?». Eles responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?». Disse-lhes Jesus: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer ‘Cristo’ –; e levou-o a Jesus. Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’. 
(Jo 1, 35-42)

João Batista, aponta para Jesus “Eis o Cordeiro de Deus” e os dois discípulos ouviram aquelas palavras e seguiram Jesus que voltando-se lhes pergunta “Que procurais?”.
É Jesus que toma a iniciativa de ir ao encontro do seu desejo pois de alguma forma eles procuram também Jesus. “Onde moras?” “Vinde ver”. “Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele”.
Olhemos para a sequência do que acontece neste episódio da vida de Jesus, Deter-mo-nos a escutar esta pergunta de Jesus: “Que procurais”?
Jesus pergunta-nos o que procuramos e remete-nos para o nosso desejo mais profundo. Que diremos nós hoje?
Vinde ver” O primeiro passo é o desejo de conhecer Jesus. Não podemos amar o que não conhecemos. Desejo realmente conhecer Jesus e estabelecer com Ele uma relação de confiança? Jesus faz-nos um convite para o conhecermos e estabelecermos uma relação de amor e de confiança. Quais são os passos concretos que dou na minha vida para aprofundar o conhecimento do Senhor e estabelecer esta relação?
“Passaram o resto do dia com Ele” No meu dia-a-dia quanto tempo dedico a estar com Jesus para que Ele se dê a conhecer e eu aprofunde a minha relação com Ele?
Quem estabelece uma relação com Jesus não fica fechado nessa relação mas é interpelado a partir e ir ter com outros e partilhar esta descoberta pessoal de Jesus. O amor remete-nos sempre para o outro. Foi o caso da mulher samaritana. Será que a minha relação com Jesus é tão importante a ponto de me comprometer com outros? Que faço por Ele?

Adaptação_CVX


sábado, 6 de janeiro de 2018

Epifania do Senhor



Epifania: Um Deus ao nosso alcance

A festa da Epifania tem uma grande importância simbólica para a Igreja. Nas poucas linhas de um episódio do qual nem sequer se conhecem bem as bases históricas, descreve-se o símbolo do grande caminho dos povos para o Senhor que nasceu, um caminho que já está em curso, desde há dois mil anos, e que só terminará com o encerramento da história humana. Neste caminho, participam também uma multidão de pessoas aparentemente não cristãs, muitas das quais estão ligadas a Cristo por aquilo que dá pelo nome técnico de «batismo de desejo», outros ainda por aquilo que costuma ser chamado, antes, «batismo de sangue». Trata-se, portanto, de uma multidão imensa, que ninguém pode contar.
A importância dada a esta manifestação universal de Cristo também deriva do facto de que aqui, na revelação feita aos misteriosos Magos, a Igreja relê claramente outras manifestações de Jesus: a do Batismo no Jordão, e a que foi feita às multidões da Palestina, mediante a multiplicação dos pães. Jesus apresenta-se, portanto, como Aquele que pode ser procurado a partir de qualquer condição humana, por todos aqueles que calcorreiam os caminhos deste mundo.
E também foi assim que o Santo Padre João Paulo II definiu o meu ministério de bispo, quando me ordenou solenemente na Basílica de São Pedro, em Roma. Disse que me conferia «o sacramento do caminho», habilitando-me, assim, a percorrer com todos os caminhos da vida quotidiana, em busca da estrela, ou seja, dos sinais do Deus vivo. (...)
A Igreja tem, certamente, necessidade de bons bispos mas, muito mais do que os prelados, contam os santos, aqueles que vivem o Batismo numa autêntica relação com Deus e com os irmãos, em especial com os mais pobres.
Uma relação semelhante, ou uma rede de relações boas e evangélicas, está presente em todos aqueles que renunciam a algo de si, que se põem a caminho como os Magos, fiando-se da ténue mensagem de uma estrela, que não têm medo de momentos de escuridão e que enfrentam os sacrifícios de um longo caminho para receber o Menino Jesus dos braços da Mãe. Estou certo que todos aqueles que empreendem, resolutos, essa caminhada, receberão o cêntuplo nesta vida, bem como a vida eterna.

Card. Carlo Maria Martini
In Tomados de assombro, ed. Paulinas
04.01.14